FOSFOETANOLAMINA SINTÉTICA
Há alguns anos, eu estava assistindo um noticiário de TV e ouvi uma rápida reportagem sobre uma possível cura para o câncer que estava sendo testada em Berlim, na Alemanha. Um paciente em fase terminal de câncer e aids teria aceito, na ocasião, servir de cobaia para uns experimentos médicos, tomando assim um coquetel com uma droga desconhecida. Para surpresa de todos, esse homem reagiu muito bem ao tratamento e ficou curado de ambas as doenças que o acometiam. Essa notícia circulou apenas um dia e foi abafada por completo. Não me recordo agora o nome da substância que tinha sido usada no tal paciente. Mas, lembro-me muito bem que ao final da nota, o repórter falou que esse medicamento não estaria disponível no mercado até que fossem feitos todos os estudos necessários que comprovassem a eficiência do método empregado naquele homem da Alemanha. E que isso levaria mais ou menos uns dez anos. Agora, diante dessa polêmica sobre a fosfoetanolamina sintética ser liberada ou não para o tratamento do câncer, voltou a minha memória aquela notícia que havia passado na TV. Não sei se é a mesma substância ou se não tem nada a ver mas acredito que tudo o que possa aliviar ou curar uma doença grave deve ser colocada a disposição para quem puder e quiser fazer uso da mesma.
Toda tentativa é válida nesse sentido. Se tem ou não efeitos colaterais, não sabemos. O tamoxifeno que é a base da quimioterapia produz inúmeros efeitos colaterais danosos principalmente ao fígado e nem por isso deixa de ser utilizado nos pacientes em doses maiores ou menores conforme a prescrição médica. Espero que as pessoas sejam menos egoístas e ajudem para que em breve possamos ter liberdade de uso dos medicamentos novos que estejam surgindo no mercado, ainda mais sendo para combater doenças que tanto castigam a humanidade. Ninguém ficará mais pobre se isso acontecer. Os profissionais são muito dinâmicos e saberão usá-las corretamente para aliviar o sofrimento alheio sem deixar de ganhar pelo trabalho que prestam em favor da Medicina. Aconselho quem tiver um tempinho, pesquisar sobre o assunto. Quanto mais pessoas estiverem engajadas nessa luta, mais força existirá para combater o mal. Quem já não perdeu algum parente ou amigo para essa doença terrível? E saber que, talvez, hoje ela ainda estivesse entre nós? Inúmeras pesquisas vêm sendo realizadas nesse sentido. No mundo inteiro. Aqui no Brasil houve um cientista em São Paulo que criou o medicamento tão esperado por todos. Seu desenvolvedor é um professor aposentado da USP, chamado Gilberto Orivaldo Chierice que há mais de 20 anos vinha se dedicando a esse estudo. Desde os anos 90 , as cápsulas estavam sendo distribuídas gratuitamente no campus da Universidade de São Paulo para quem quisesse experimentá-la uma vez que fosse comprovadamente ser portador de algum tipo de câncer. O tratamento prometia eliminar as células cancerosas sem nenhum efeito colateral. Mas, em 2014, foi exigido pela Lei que todas as drogas experimentais fossem registradas antes mesmo da população começar a fazer uso da mesma. Sendo assim, os pacientes que quisessem ter acesso ao medicamento só poderiam consegui-lo mediante ordem judicial, já que a Anvisa não concedia licença para liberá-la sem as devidas análises clínicas. Chegaram a alegar que ela não era eficaz para a cura do câncer, mesmo com o depoimento de centenas de pessoas que se mostravam saudáveis após ingerirem as cápsulas e sem nenhum efeito colateral.
Infelizmente, existem muitos interesses por trás disso pois os grandes Laboratórios perderiam muito dinheiro caso a cura para o câncer fosse descoberta. Após enfrentar inúmeras perseguições, o professor acabou vendendo a fórmula para os Estados Unidos, segundo as últimas informações que eu tive. Amanhã ou depois, os méritos pela grande descoberta serão americanos e não brasileiros.
Conheci há pouco tempo uma grande guerreira, mulher de fibra que conquistou o seu espaço também na luta contra um tumor cerebral e que vem se beneficiando tão somente com o uso desse medicamento, pois com ele vem conseguindo se manter saudável, trabalhar e cuidar de sua família, sem efeitos colaterais próprios da quimioterapia. Outros, talvez, não tenham tido a mesma sorte por lhes ter sido negado acesso a esse recurso científico. Portanto, apesar de os mais letrados seguirem com a discussão de que esse medicamento faz parte de charlatanismo e não produz o efeito desejado nos pacientes com câncer, é grande o número de pessoas que recuperaram a saúde e a auto-estima, confiando apenas na fosfoetanolamina sintética.
Esperamos que, com o passar do tempo, essa burocracia diminua e sejam facilitados todos os meios de tratamento possíveis para quem esteja sofrendo os dissabores de alguma doença incurável, uma vez que todo ser humano tem o direito de buscar a própria cura, seja acreditando num medicamento importado e caro, seja numa cápsula simples e barata que ainda não tenha sido registrada oficialmente.
Elisabeth Souza Ferreira